Durante um congresso, Justin Quayle (Ralph Fiennes) conhece Tessa (Rachel
Weisz), uma ativista de causas humanitárias, sendo questionado por ela. O
diplomata britânico que tem como hobby os jardins, logo se apaixona pela moça.
Eles se casam e ela engravida.
Na África, país para onde se mudam, Tessa passa a trabalhar ao lado do
médico Arnold Bluhm (Hubert Koundé). Observando a situação por onde passam
atentendo a população do Quênia, a ativista começa sua investigação sobre as indústrias
farmacêuticas atuantes no território. O fato é que muitas pessoas haviam
morrido sem causa revelada após ingerirem certos medicamentos. A conclusão de
Tessa é que a empresa farmacêutica (KDH – suíca-canadense), mascarada pelo nome
de Three Bees ou Hippo, responsável pela fabricação do remédio, especificamente
o Dypraxa, tem usado a população para fazer testes sem o conhecimento destes.
Como a África é um país com assombrosos números de casos de AIDS, os testes
primeiramente eram para o HIV. Um segundo teste era feito sem o indivíduo saber
para a tuberculose. Se fosse constatado caso de tuberculose o Dypraxa seria
usado. Porém, somente aqueles que aceitassem seguir com o tratamento receberiam
o tratamento médico.
Tessa compila suas investigações em um dossiê que tem a finalidade de
levar a Organização das Nações Unidas o conhecimento dessas práticas. Ela é
assassinada.
Após saber da morte da esposa, Justin resolve descobrir o que resultou
em seu assassinato.
Com as informações que precisa ele conclui o relatório que Tessa
deixou inconcluso e, através de um amigo, consegue leva-lo até às autoridades.
Justin acaba assassinado provavelmente pelos mesmos responsáveis pela
morte de Tessa em um lugar desértico.
Com toda a corrupção do governo local apoiando o governo inglês, por
meio das indústrias farmacêuticas, achavam um fim lucrativo nos seus testes na
população queniana já que esta vivia na miséria, era negra e estaria condenada
a morte. Como não possuía uma fórmula certa, o Dypraxa podia tanto curar como
promover a morte fácil.
A neutralidade das ONU em relação a estas desumanidades acometidas por
governos de países ditos desenvolvidos evidencia a ironia que leva como nome
sua sigla. Fazer vistas grossas aos problemas mais profundos e que envolvem os
grandes magnatas cosmopolitas do mundo capitalista leva a conclusões de que
tudo não passa de um jogo de interesses. Os mais pobres morrem para os mais
ricos gozarem de sua qualidade de vida. Da forma mais sensata, eu, você, nós e
a grande maioria da população alienada principalmente pela mídia não vê o que
vem por debaixo dos lençois. São filmes como este que nós fazem refletir o verdadeiro
significado de união e cooperação, “ajuda humanitária”.